sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tattoo é ou não é acessório de moda?



Semana passada rolou um bafão quando a blogueira Juliana Ali gravou um vídeo dando dicas de como combinar suas roupas e suas tattoos.

Obviamente que a sociedade alternativa se rebelou, inclusive eu, que fiquei até com pena do tatuador que teve que fazer o trabalho sujo.

Umas das questões abordadas, "posso me lotar de tatuagens e continuar usando o mesmo look?".

Vamos, cá entre nós, é complicado mesmo combinar. Eu mesma só uso preto. Quando me oferecem roupas estampadas logo digo, "Não obrigado, já tenho estampas". 


Candy Storm, Tattoo e Acessório
Inclusive a maioria das pessoas que conheço recorrem justamente aos sombreados por isso. Uma amiga uma vez disse que não tatuaria o peito para poder continuar a usar colares. Bom, mesmo estando na área de criação, eu não pensei nisso. Queria mesmo era tatuar um cupcake no peito e isso foi um suficiente para o foda-se. Mas dá para pensar em uma tattoo que encaixe em um acessório.

E não vamos ser hipócritas... Tem muita gente que quer tanto uma caveira mexicana como quer um iphone. Ser tatuado ainda significa ter um certo "status" entre nós. Assim como uma bolsa da Prada para as blogueiras.

E essa popularização é ou não é bom para os nossas sisters tatuadoras (o)? 

Mimi Mello
 
Segundo a aprendiz Mimi Mello "é rentável, mas perde o caráter".

"Esse tipo de vídeo, é para  a"popularização" da coisa, nada contra, mas é pra quem quer tatuar o que todo mundo tatua: estrelinha, símbolo do infinito, andorinha vetorizada... essas tatuagens que todo mundo tem, sabe? O que chamamos de modismo mesmo, e isso é péssimo, se a tatuagem é parte de você, ela deve ser sua e não uma cópia de 300 pessoas. E é isso que o vídeo propõe, essa tatuagem cópia, tatuagem "celebridade" que todo mundo quer ter igual. Ora, não passa de induzir a falta de personalidade das pessoas".

"Isso gera uma desvalorização do significado da tatuagem em si, historicamente ela perde o caráter dela, de como surgiu e porque. Não é legal, porque com essa desvalorização, o profissional também fica desvalorizado como artista, porque convenhamos... escritinho no pulso, (sim, eu tenho nos 2) não é arte".


Mimi Mello

 Sobre as suas tattoos ela diz: "Eu tenho algumas por estética, mas não com esse intuito. O que ela tá fazendo é transformando arte em produto, o que foi feito na década de 70 pelo movimento pop." 


por Mimi Mello

Mãe do pequeno Gabriel, mineira de BH e auto didata em tatuagem e ilustração, seus trabalhos são inspirados no movimento pop surrealista ou lowbrow. Já na tattoo segue a linha a linha neo tradicional e old school.





Meu preferido <3
Para criar ela acabou juntando seus estudos em história e artes visuais, por isso o fascinio pela tatuagem Old School e por figuras da corte.












E sobre a combinação de tattoos e acessórios? Mimi diz " Imagina eu vestida de floral, tomara que caia, sendo que tenho costas, peito e braços quase fechados? Ah, e agora pescoço. Bom senso. Claro que eu preciso saber que fica ridículo. Segundo a blogueira vc pode continuar usando tudo o que o usava, claro que vc não pode, vc fica parecendo um carro alegórico se não souber se vestir...".

Mimi Mello
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